quarta-feira, 30 de julho de 2008

Patagônia chilena e argentina - Parte 1


Em retribuição ao grade número de informações que nos ajudaram a planejar nossa viagem, relato aqui, em formato próximo a um diário, a experiência vivida por mim e minha esposa:
Na primeira quinzena de março, eu e Stela realizamos uma viagem que vínhamos planejando desde outubro de 2007. Depois de ler muitos relatos em sites diversos, tirar dúvidas em outro tanto de fóruns e conversar com amigos, partimos para Buenos Aires. Devido à desconexão de vôos, pernoitamos na capital e no dia 2 de março seguimos para El Calafate na Argentina, que seria nossa base. Devido ao atraso no vôo, chegamos à pequena cidade por volta da 20:30. Isso gerou certa correria, pois os supermercados fechavam às 22:00 e havíamos programado chegar as 17:30 para termos tempo para comprar comida, gás e algo mais para a caminhada. Apesar de ter ido dormir à 1:30, no final das contas conseguimos resolver tudo. Separamos apenas o que levaríamos para caminhada de 7 dias e o excedente deixamos no depósito do hostel.
vista do grupo de montanhas no TDP, onde fizemos nossa caminhada

O destino inicial foi o Parque Nacional Torres del Paine (TDP), Chile, onde faríamos o circuito “W”. O parque fica a 378 km de El Calafate e, depois de estudar as possibilidades de transporte até TDP, optamos por um ônibus de excursão, que faria o percurso El Calafate – TDP direto. Se optássemos por ônibus de linha, teríamos que ir a Puerto Natales, Chile, e de lá pegar outro ônibus até o parque, o que demandaria um pernoite em Puerto Natales, mais um dia na estrada e um dia a menos na trilha. Saímos dia 3 às 6:00 de El Calafate e às 13:00 (1 hora a menos de fuso horário) já estávamos em TDP.

Iniciamos a caminhada às 14:00 na Hosteria Las Torres, seguimos pelo Vale Ascencio e o destino foi o acampamento (CP) Torres, que fica a uma distância de ~8,5km e desnível de ~800m. Estávamos bem carregados, havia suprimento para sete dias e roupa para todo tipo de ocasião como chuva, vento forte, muito frio e neve. Pode parecer exagero, mas isso foi altamente recomendado em todos os relatos que lemos e também pelas pessoas com quem conversamos, pois nessa região a virada do tempo ocorre com freqüência. Nessa brincadeira, minha mochila estava com uns 20 kg e a da Stela com uns 18 kg. A subida é de tirar o fôlego, seja pela paisagem que pela carga. No caminho fomos conhecendo outras pessoas, fizemos parte desse percurso com uma francesa, e pudemos notar que ali encontraríamos gente de todo canto. A trilha passa pelo CP e Refúgio Chileno, que é uma opção para acampar ou se hospedar; nesse último caso, é necessário fazer reserva com muita antecedência. Paramos ali para descansar um pouco e seguimos para nosso destino, aonde chegamos por volta das 17:30.


finalização da montagem da barraca no CP Torres
O CP estava lotado e foi difícil conseguir um canto para colocar a barraca. Depois de arrumar tudo, jantamos e fomos dormir lá pelas 22:30. Vale lembrar que nessa época do ano o sol estava se pondo entre 21:30 e 22:00. CONTINUA NO PRÓXIMO POST...

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