quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Nuvem orográfica

No fim-de-semana passado fui informado pelo Ivan Salomão que a bela nuvem que aparece na foto do post "De volta" é orográfica. :-/


Segundo o site do Departamento de Física da Universidade Federal do Ceará:
"As nuvens orográficas podem se formar numa corrente de ar que transpõe uma colina, uma montanha isolada ou uma cordilheira; elas podem localizar-se embaixo, no nível ou por cima da parte mais alta do obstáculo. O aspecto destas nuvens orográficas pode afastar-se bastante do aspecto habitual das nuvens que formam cada um dos 10 gêneros; devem, não obstante, ser classificados sempre num ou noutro desses 10 gêneros. As nuvens orográficas pertencem, mais freqüentemente, aos gêneros Altocumulus, Stratocumulus e Cumulus. A constituição física das nuvens orográficas é, em seu conjunto, semelhante à das nuvens pertencentes ao gênero no qual são classificados. As nuvens orográficas, estando associadas ao relevo terrestre, têm geralmente um movimento de conjunto nulo ou muito lento, ainda que o vento ao nível das nuvens possa ser muito forte. Em certos casos, a velocidade do vento pode ser posta em evidência pelo movimento de certos detalhes apreciáveis, como, por exemplo, o dos elementos isolados que são arrastados de um extremo ao outro da nuvem. A evolução contínua da estrutura interna da nuvem é, em várias ocasiões, muito patente. As nuvens orográficas podem se revestir de múltiplos aspectos diferentes. No caso de uma montanha isolada, as nuvens orográficas podem tomar muitas vezes a forma de um colar em volta da montanha, ou de um capuz cobrindo seu cume, ambas as formas dispostas de modo quase simétrico. As nuvens deste tipo geralmente não produzem precipitações e, quando as produzem, são sempre muito fracas. As colinas ou as montanhas altas podem produzir a formação, na vertente "exposta ao vento" (a barlavento, com relação ao sentido do vento), de nuvens de grande extensão horizontal e que dão lugar a precipitações. Estas nuvens coroam a crista da montanha e se dissolvem imediatamente, longe dela. Quando são observadas de um lugar situado na vertente "sob o vento" (a sotavento, com relação ao sentido do vento), estas nuvens tomam, amiudadamente, o aspecto de uma ampla muralha. No momento de vento forte, podem se formar nuvens orográficas nas proximidades das cristas ou dos cumes, que têm, a sotavento do relevo, o aspecto de uma bandeira flutuando ao vento (a montanha parece então "fumar"). Este tipo de nuvem não deve ser confundido com a neve que é arrancada da crista ou do cume e é arrastada pelo vento. Pode acontecer freqüentemente que uma nuvem orográfica - ou uma reunião de várias dessas nuvens-, geralmente com a forma de lentes ou de amêndoas, apareça por cima da colina ou da montanha, e, às vezes, ligeiramente avançada ou recuada, no sentido do vento. Algumas cadeias de montanhas ou mesmo alguns cumes relativamente pouco elevados sobre regiões de fraco relevo podem provocar a formação de ondas estacionárias no corrente de ar que Os atravessa. Quando o ar é suficientemente úmido, as nuvens orográficas, chamadas "nuvens de ondas", podem aparecer na crista dessas ondas estaciondrtas; então, é possível observar uma nuvem por cima do cume da montanha ou um pouco adiante e, ao mesmo tempo, uma ou várias, diferentes, um pouco para trás. Neste último caso, as nuvens apresentam-se com intervalos regulares espalhados de vários quilômetros. As nuvens de ondas podem aparecer, também, simultaneamente em vários níveis. As ondas "a sotavento" são, muitas vezes, acompanhadas, nas camadas baixas da atmosfera, por remoinhos estacionários com eixo horizontal, de grandes dimensões e em cuja parte superior pode aparecer urna nuvem em forma de rolo ("nuvem de turbilhão de sotavento".
Copiado na íntegra de: http://www.fisica.ufc.br/lfnm/html/nuvens.html

No endereço citato tem muita informação sobre nuvens. Eu conhecia apenas os gêneros Cirrus e Cumulus. Na verdade existem mais oito gêneros, fora as espécies e variações. O mundo é bem maior do que imaginamos.

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